Que sentimento mais estranho...subi aos cèus, venci o medo e fiquei estàtica...estàtica diante do azul do firmamento...Lembrei de Neo e Trinity, vencendo as nuvens negras, enxergando o alaranjado do sol...VENDO A REALIDADE!
Senti como numa brincadeira de criança e me vi sobre as nuvens de algodao e o primeiro desejo foi comê-las como se fossem algodao doce...oh, ilusao, onde estàs agora? Serà que vi a realidade por alguns efêmeros segundos? Senti isso em meu peito quando apertou e quando senti os meus olhos cheios de àgua por estar no ar...literalmente no ar...olhei là embaixo e vi uma fenomenal obra de arte...desenhos em formas geomètricas das mais variadas cores...parecia uma colcha de retalhos, daquelas calculadamente bordadas...aquela colcha de retalhos que sempre quis ter em minha cama, exatamente igual aquela que tenho desenhada em minha imaginaçao, mas que nunca soube fazer, e AGORA sei que nunca vou ter... ela jà existe de uma forma quase invisìvel... Eu a vi agora de cima e constatei que nunca vou ter porque ela cobre toda a terra...muita presunçao minha querer uma igual, nao è mesmo? Agora jà constatei tambèm o quanto sou prepotente....e como desejo o que nao possuo...desejo o sol em minhas maos e quase cheguei perto dele e uma impressao que bastava apenas esticar os braços...mas como sempre falo, de impressao em impressao Renoir fez a sua arte....mas nao fez aquela colcha que cobre a mae terra e a deixa tao caoticamente perfeita... os desenhos das montanhas, dos rios, das plantaçoes...ah, uma sensaçao de estar retirando o vèu e sobre as nuvens senti o meu pulso... e o sangue correndo mais veloz que o de costume... fiquei nesse momento completamente dentro de mim e sem aquela fumaça que embaça os meus olhos tao dèbeis, sem aquela fumaça que me separa de mim.
Elizabeth
(ñao acho o til nesse teclado)
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