Sempre vou aparentar utópica e infantil, em tudo o que faço, mas é a minha natureza e não posso negá-la. A negação seria render-se a hipocrisia.
A fragmentação e a confusão em que me embrenho é visível aos olhos de todos.
Lanço as coisas de longe para não atingir com muita violência. É preferível, às vezes, que permaneça no ar, do que atingir mortalmente.
O princípio de liberdade é fundamental ao ser humano. É ela quem me dá o ímpeto para viver. Sem ela, sou estéril e infrutífera. É gostoso dar frutas e desfrutar.
Estou sempre surpresa diante das faces encobertas... Minha sina é retirar o véu e enxergar o herói incisivo de cada um. O ato de heroísmo, na maioria das vezes está dentro de si e não na bravura ou na valentia externa.
O herói em sua saga, silencia peripécias e nem sempre é um ato grandioso como nos mitos... É aqui e agora! Enfeitamos com mitologia, as verdades penetrantes. A beleza da verdade não condiz com a realidade trivial e por isso a encobrimos com muitas teorias.
Por que será que somos tão indecifráveis?
Pergunto, pergunto e as respostas sempre distantes... Talvez fiquem nas estrelas, que brilham e seduzem. Fico então a observá-las, hipnotizada pelos seus mistérios longínquos. Entristeço-me em desconhecer os segredos, então penso no encanto de não saber das coisas e isso supera e alivia o coração dilacerado.
Os pés, não fincados no chão, devaneiam por sobre toda estabilidade, suspensos no ar. E ao vislumbrar todo mistério, estremeço e caio como uma pluma pela terra dos homens. E ao tocar com os pés no chão, sinto forças para dar novos saltos quânticos. É um impulso excitante...
A linguagem é a expressão de todo pensamento mais íntimo e intenso. E ao usá-la, minha essência desabrocha, saindo de um mundo paralelo. Salta para os ouvidos mágicos de quem as compreende.
Depois de tudo, só os verdadeiros heróis são capazes de apreciar. É preciso ter os olhos de uma criança para ver a beleza do universo.
ELIZABETH
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