Para nós, insensatos seres, possuir sensações é prazer demais...
Expressá-las é arte pura... Sentir, é gosto misturado à loucura...
Tentar explicar tudo isso é o próprio caos cristalizado em formas, cores, som e luz. E nunca será compreendida e dissecada, no sabor exato...
Expressá-las é arte pura... Sentir, é gosto misturado à loucura...
Tentar explicar tudo isso é o próprio caos cristalizado em formas, cores, som e luz. E nunca será compreendida e dissecada, no sabor exato...
Mas nós, tresloucados, usamos e abusamos o verbo para fazer da carne, o tremor da alma; para fazer do sangue, o líquido etérico...
E descrever uma trajetória espiralada sem fim.
Fico imaginando então, como seria dominar o verbo intensamente e dos seus sons surgissem verdadeiras cores e não essas, que maya produz.
E ao falarmos, pudéssemos sentir os movimentos e a essência expressando naturalmente, sem nenhum esforço, numa fluência cadenciada...apreciando o auspício do momento.
Mas, sempre fazemos de conta que sabemos aquilo que nem imaginamos...
Seria loucura afirmar que não, pois os “instintos” nos apontam brechas indecifráveis...
E por isso nos perdemos na febre vã de entender, no ócio vil da filosofia.
Por isso, prezado objeto, a distância entre o branco e o negro é pura ausência de percepção.
Entre o salto e o repouso é a descrição no espaço infinito.
Entre as minhas mãos e as tuas é o desejo e a morte...
Desejo de tocar a cor amarela em mãos delicadas e a morte em olhos abissais, transformando sensações em distâncias.
Uma alquimia desconectada...e plagiando Buñiel, suas mãos, “esse estranho objeto de desejo”
ELIZABETH
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