terça-feira, 27 de março de 2007

COMO UMA ONDA

Como diz o poeta “Nada do que foi será do jeito que já foi um dia”. Até mesmo a forma da terra já não é mais a mesma.

Tudo está em processo de transformação, e nós, míseros humanos ainda acreditamos na permanência das coisas ou nas peripécias externas dos nossos próprios eus.

Nesse momento tão conturbado pelo qual a humanidade passa, o próprio eixo da terra deslocou-se, comprometendo seus movimentos, imperceptíveis aos olhos humanos, alheios às consequências dos próprios atos.

Consequências essas, cada vez mais intensas, demonstrando claramente que toda ação tem uma reação e que agora as reações estão em cadeia.

Imaginamos sempre que as coisas demoram para acontecer. A impressão que se tem, é que seria loucura imaginar coisas terríveis...coisas terríveis só habitam a imaginação criativa dos seres humanos.

No entanto tudo está surgindo... Não o suficiente para transformar as nossas consciências, pois se assim fosse, tomaríamos medidas drásticas para mudar esse contexto tão assustador.

Penso / sinto que o momento seria ideal para mudar nossos conceitos e nossa maneira de pensar. Nossos atos poderiam ser revertidos para que a própria Natureza pudesse nos perdoar por tantos delitos contra ela.

Mas, ao invés disso, cada vez mais agredimos tudo a nossa volta, derramando tanto sangue que o pó da terra já não consegue mais absorver tantos líquidos preciosos.

Penso / sinto, que o momento seria o ideal trabalhar sobre nós mesmos, de forma mais intensa e recuperar nossa consciência perdida para reverter o destino da humanidade.

Mas, ao invés disso nos entregamos ao vão materialismo e as atividades fúteis onde o nosso adormecimento se faz mais visível e embriagante.

Penso / sinto que poderíamos, com força e coragem, combater todo o mal que assola o planeta, relegando-o a um matadouro, onde exala o mau cheiro, a doença, a peste e a dor.

No entanto, nos entregamos passivos às ações dos que manipulam folgadamente, num gesto de redenção ao contrário.

Penso / sinto que poderíamos realizar a Grande Obra para vencer o próprio corpo físico, para superar todas as inferioridades de uma forma eficaz e bela.

No entanto nos entregamos à luxúria e aos deleites da lua negra numa atitude servil.

Penso / sinto, que poderíamos trabalhar pela humanidade doente para tentar recuperar aqueles que ainda querem sair dessa roda de samsara...Dar o salto quântico, pois agora sabemos, com os últimos acontecimentos que a matemática não é tão exata assim, mas a grande matemática da Lei é Absoluta em sua Relatividade.

Sabemos agora, depois de tantos acontecimentos estranhos, que o tempo está se modificando cada vez mais.

Os humanos necessitam de grandes tragédias para compreender pequenos fenômenos e assim mesmo, passado alguns segundos, que não existem, voltamos a adormecer após o choque.

Por mais choques que tenhamos, ainda não é o bastante para acordar desse sono letárgico.
Caminhamos como múmias paralíticas, isto é, múmias sem vida, sem vitalidade, paralisadas pela ignorância e pela escuridão. É uma caminhada sem rumo, pois não há consciência e nem entendimento das coisas.

Uma vida fútil, onde nem sequer nos lembramos de quem somos ou o que estamos a fazer por aqui, pois nessa confusão, acreditamos que estamos aqui para comer, beber, dormir muito, reproduzir vidas sem sentido e mais adormecimento e depois morrer de uma forma sem nexo sem saber por que...

Tudo isso vale a pena?
Diz o grande poeta “tudo vale a pena, quando a alma não é pequena” Qual é o tamanho da nossa alma?


ELIZABETH

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